quinta-feira, 4 de junho de 2015

"A necessidade dos Cuidados Paliativos!"

Você acha necessário cuidado paliativo?

Como sabemos, existem muitas doenças que podem causar além de dores muito intensas, sintomas físicos e sofrimento emocional, podendo tornar a vida insuportável. São elas: câncer, doenças cardíacas ou renais em estado terminal, doença de Alzheimer e doenças neuronais.

Nesse contexto, existem tratamentos e cuidados que podem melhorar a qualidade de vida do paciente, aliviando sintomas como dor, falta de respiração (dispneia), ansiedade e depressão. Alem disso, cuidados paliativos desenvolvidos ao longo dos anos tentam enfrentar problemas mais complexos como dor neuropática e diarreia crônica em AIDS.



É de fundamental importância, também, que os cuidadores reconheçam o paciente em sua integralidade, não somente do ponto de vista diagnostico, assim como do tratamento da doença. Implica no reconhecimento de que o paciente é único para si mesmo, seus familiares e Deus.

Dessa forma, manter a privacidade, ter a chance de se expressar, tempo para discutir o passado, o presente e o futuro, oportunidade de redescobrir o espiritual, tempo e oportunidades para aproveitar a vida, se divertir, a oportunidade de ter o melhor controle possível dos sintomas, tudo isso é parte do que constitui dignidade na vida da pessoa no programa de cuidados paliativos. Constitui portanto obrigação moral e ética dos cuidadores, promover o cuidado paliativo para todas as pessoas que necessitam e estão confinadas ao seu zelo.

O que aprendem os profissionais que trabalham em cuidados paliativos?


Ao nos dedicarmos a esta forma de cuidado, aprendemos e recebemos muito mais do que damos. Aprendemos a respeitar a condição humana reconhecer o quão frágeis são nossos egos, planos e sonhos. 

Passamos a aprender quais devem ser nossas prioridades e descartar o que não é essencial a vida. Apreciamos a oportunidade de partilhar com uma pessoa suas experiências passadas, rir e apreciar o humor com um paciente e sua família mesmo quando a vida desta pessoa está próxima ao fim.

É demasiadamente gratificante ajudar alguém a se sentir melhor, sem tecnologias e máquinas com apenas as mãos, coração e mente.



Fonte: "Humanização e Cuidados Paliativos", 4ª edição: outubro de 2009; Leo Pessini, Luciana Bertachini.





“Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.” (O menestrel, William Shakespeare)








- Por: Paloma O. Dourado




Um comentário:

  1. É imprescindível saber lhe dar com as perdas, mas poder transformar a finitude num ato de respeito e solidariedade é louvável, proporcionar cuidado digno, atenção é resgatar esperanças de dias melhores ainda que sejam os últimos.Post emocionante e despertou a valorização do presente afinal "...Como se não houvesse amanhã porque se você parar pra pensar,Na verdade não há."

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