sexta-feira, 12 de junho de 2015

A dor, a fé e a vida.




A dor crônica é uma  experiência  desagradável, conforme abordado pelos colegas no blogando sobre dor, ela acompanha os pacientes com enfermidades em estágios finais da vida.
Assim, em cuidados paliativos devemos perguntar ao paciente o que ele julga ser importante realizar na fase final de sua vida a fim de trabalhar o controle da dor e demais sintomas para amenizar o sofrimento.
Os cuidados paliativos consiste numa assistência que envolve dimensões física e emocional, de modo a reconhecer a espiritualidade ou religiosidade como fonte para o bem estar e de qualidade de vida para uma boa morte. Vocês podem ler mais sobre a morte no blog o que é a morte.
Por isso, na medicina moderna há uma tendência em estudar temas relacionado a espiritualidade.
Contudo, ainda existem médicos que não respeitam e nem se atentam para as necessidades espirituais de seus pacientes.

Em pesquisas na população geral e em médicos dos Estados Unidos, as crenças e o comportamento religioso foram estudados. Revelou-se que 95% das pessoas acreditam em Deus, 77% acreditam que os médicos devem considerar as suas crenças espirituais, 73% acreditam que devem compartilhar as suas crenças religiosas com o profissional médico e 66% demonstram interesse de que o médico pergunte sobre sua espiritualidade. No entanto, apenas 10% a 20% relataram que os médicos discutiram a espiritualidade com elas (Larson e Koenig, 2000; Anaya, 2002; Cowan et al., 2003).

Dessa forma, existem estudos sobre a relação da espiritualidade relacionado a saúde mental, no qual revelam que praticantes de atividades religiosas tendem a serem mais saudáveis.
Mas será que a religião não pode prejudicar o paciente?
De fato isso pode ocorrer, como? Quando o paciente que tiver pensamentos negativos ou de culpa, pensar que sua situação se trata de um castigo divino, isso o deixa com baixa auto estima.

Assim sendo, cuidados paliativos está interligado à religiosidade e espiritualidade, no qual a equipe multidisciplinar desempenhará um trabalho específico com o paciente amenizando os sintomas de dor e transmitindo a tranquilidade e aceitação para uma morte digna.

PERES, Mario F. P. Revisão da Literatura: A importância da integração da espiritualidade e da religiosidade no manejo da dor e dos cuidados paliativos. Rev. Psiq. Clín. 34, supl 1; 82-87, 2007.


Leila G.C. Latta


3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, que aborda a importância da crença, e consegue tratar de forma leve(fugindo do clichê ciência e fé) a religiosidade associada a saúde como fonte de bem-estar e consequentemente saúde e qualidade de vida.

    ResponderExcluir